A energia solar fotovoltaica no Brasil, com 15% da matriz energética nacional, é essencial no processo de promoção do uso de energias limpas. HVEX

A energia solar fotovoltaica no Brasil

A energia solar fotovoltaica no Brasil, com 15% da matriz energética nacional, é essencial no processo de promoção do uso de energias limpas.
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A energia solar fotovoltaica no Brasil

A energia solar fotovoltaica no Brasil, com 15% da matriz energética nacional, é essencial no processo de promoção do uso de energias limpas.

Histórico elétrico do Brasil

Para abordarmos o tema da energia solar fotovoltaica no Brasil, é pertinente realizar uma análise abrangente sobre a situação da energia elétrica no país. O advento da energia elétrica no território nacional teve um marco histórico com a construção da Usina Hidrelétrica Ribeirão do Inferno em 1883, projetada para atender às demandas de mineração em Diamantina, Minas Gerais.

Até a década de 1930, a geração de energia ocorria principalmente em locais próximos aos centros de consumo. A partir da década de 1940, testemunhamos o crescimento de grandes centrais geradoras impulsionado pelo avanço tecnológico, resultando em uma redução de custos significativa.

A Eletrobras foi fundada em 1961, desempenhando um papel crucial no processo de nacionalização e estatização do setor elétrico brasileiro. O período entre 1970 e 1980 foi marcado por um aumento expressivo no consumo de energia, coincidindo com a expansão do parque gerador nacional através da construção das Usinas Hidrelétricas de Tucuruí e Itaipu.

Em 1998, foi instituído o Sistema Interligado Nacional (SIN), integrando a geração e transmissão de energia elétrica em praticamente todo o território nacional. Esse sistema abrange aproximadamente 99% do consumo de energia do país, representando um marco importante na organização e eficiência do fornecimento de eletricidade.

Sobre os painéis fotovoltaicos

A concepção dos painéis fotovoltaicos resultou de uma série de pesquisas realizadas por diversos cientistas ao longo das décadas. Embora haja debates sobre a data exata de criação dessa tecnologia e o inventor preciso, o crédito do surgimento é frequentemente atribuído ao cientista francês Edmond Becquerel.

Em 1839, com apenas 19 anos, Alexandre Edmond Becquerel desenvolveu e estudou a primeira célula fotovoltaica da história. Essa célula era composta essencialmente pela união de dois eletrodos imersos em uma solução ácida e expostos à luz. O dispositivo gerava eletricidade, e após extensas análises, Alexandre concluiu que o fenômeno estava relacionado à incidência de luz sobre a célula.

De maneira simplificada, a tensão elétrica surgia no material semicondutor devido à liberação de elétrons de sua superfície quando exposto à radiação de fótons de luz.

Ao longo dos anos, novas descobertas foram feitas nesse setor. Todavia, foi somente em 1954 que três cientistas, Daryl Chapin, Calvin Fuller e Gerald Pearson, produziram a primeira célula solar de silício no laboratório Bell. A eficiência desse dispositivo era apenas de 4%, um valor significativamente inferior aos padrões atuais.

O Brasil e sua produção de energia solar fotovoltaica

Em agosto de 2011, foi inaugurada a primeira usina solar no Brasil, situada no município de Tauá, no sertão cearense. Localizada a 340 km de Fortaleza, abrange uma área de 12 mil metros quadrados, com 4680 painéis fotovoltaicos e capacidade de geração inicial de 1 megawatt. Tal usina foi capaz de fornecer energia para mais de mil famílias, representando um marco significativo para a época.

Em 2012, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) publicou a Resolução Normativa nº 482, que autorizava a geração de energia por parte do consumidor, facilitando a produção por microgeradores com painéis solares nos telhados das residências. Essa resolução também viabilizou a implementação de sistemas de créditos energéticos, estabelecendo critérios para a conexão desses sistemas à rede. Paralelamente, o governo implementou outras medidas de incentivo às energias renováveis.

A partir desse período, o uso de energia solar fotovoltaica experimentou um crescimento expressivo. Em 2023, um estudo divulgado pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) revelou que o Brasil ultrapassou 32 gigawatts (GW) em potência instalada proveniente de fontes solares, englobando usinas e sistemas de geração própria. Esse valor representa aproximadamente 15% da capacidade instalada na matriz elétrica do país.

Atualmente, o Brasil conta com aproximadamente 10,75 GW de potência instalada em usinas solares de grande porte. Desde 2012, essas usinas contribuíram com cerca de R$42,2 bilhões em novos investimentos, gerando mais de 288 mil empregos e proporcionando uma arrecadação superior a R$15,2 bilhões aos cofres públicos.

Sobre o autor:

Mikaela Godoy
Como estagiária de marketing na HVEX, aplico minhas habilidades em marketing, comunicação e organização para apoiar os projetos de transformação digital da empresa. A HVEX é uma fornecedora líder de soluções inovadoras para os setores de energia, telecomunicações e industrial. Atualmente, estou cursando a graduação em Engenharia Elétrica na Universidade Federal de Itajubá, onde também estudei Ciência da Computação por dois anos.

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